Silêncio Branco

Silêncio Branco aborda o feminicídio e outras formas de violência impostas ao universo feminino. A obra reflete sobre o ciclo da violência de gênero, que muitas vezes se inicia de forma silenciosa e escalona até sua forma mais extrema: o feminicídio. Sendo essa a expressão mais nua do término da violência doméstica, onde o mutismo da vítima grita por socorro, mas os ouvidos surdos são inacessíveis. Perceber uma mulher em situação de violência requer o “silêncio” da alma diante dos barulhos do machismo e suas omissões.

O espetáculo questiona quantos alertas são ignorados e quantas perguntas bailam sozinhas sem respostas. A violência contra a mulher não se restringe apenas à agressão física; ela se manifesta também na coerção psicológica, na desvalorização moral, no controle financeiro e nas limitações impostas à liberdade feminina. Ao longo da obra, Silêncio Branco evidencia como essas diversas formas de opressão estão interligadas, reforçando uma estrutura patriarcal que silencia, subjuga e, muitas vezes, mata.

Com um forte apelo visual e corporal, a coreografia dá corpo ao silêncio imposto às mulheres, transformando dor em movimento e denúncia em arte. A cada gesto, as intérpretes expressam não apenas o sofrimento imposto às mulheres, mas também a resiliência e a luta por liberdade. Ficha Técnica

Coreografia e Direção – Chico Neller
Intérpretes - Ana Carolina Brindarolli, Brendon Feitosa, Debora Rosa Higa, Frantielly Khadija,Maria Fernanda Figueiró, Paulo Henrique Oliveira, Tanara Maciel
Iluminação (Criação e Execução) – Espedito Di Montebranco
Pesquisa – Gilbas Piva
Contribuição Textual – Cândida Magalhães
Figurinos – Jane Rosa